sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Herpes Labial

O herpes labial é uma infecção vírica crónica caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo.

O herpes labial é causado por um vírus conhecido como Vírus Herpes Simplex de tipo 1 ou HSV-1. O Vírus Herpes Simplex de tipo 1 não deverá ser confundido com o Vírus Herpes Simplex de tipo 2, o qual afecta maioritariamente os órgãos genitais.

É impossível eliminar o vírus por completo. As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece latente (adormecido) nas células nervosas. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas pensa-se que determinados factores desencadeadores poderão estar na base dos episódios de herpes labial. Quando tal sucede, o vírus percorre o nervo até à superfície da pele, onde tenta replicar-se no núcleo das células. Em muitas pessoas, não surgem quaisquer sintomas, embora as células estejam infectadas. No entanto, nalguns casos, o processo de replicação do vírus destrói as células e causa pequenas bolhas ou vesículas na pele. Após a formação do herpes, o vírus regressa ao corpo.

Estudos realizados demonstram que 80% da população é portadora do HSV-1. Por outro lado, quase 90% dos indivíduos maiores de 30 são portadores do vírus. 20% dos infectados sofre episódios regulares de herpes labial*. Pensa-se que o HSV-1 é contraído sobretudo durante a infância. Uma vez infectada, uma pessoa pode sofrer de episódios regulares de herpes labial durante o resto da vida.

O vírus HSV-1é muito contagioso. Costuma propagar-se por meio do contacto físico, tal como abraços e beijos, mas também pode transmitir-se através da partilha de bebidas, por exemplo. O vírus transmite-se desde a fase inicial do herpes, em que sente ardor e prurido, até à fase da cicatrização, quando a crosta desaparece. O vírus pode transmitir-se através de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente os sintomas. Embora o HSV-1 tenda a atacar os lábios, nariz ou queixo, pode ser transmitido a outras partes do corpo, incluindo os olhos, os dedos e os órgãos genitais.

Causas :

As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece adormecido em células nervosas, denominadas de gânglios. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas entre os factores desencadeadores poderão contar-se:

Exposição ao sol
Stress
Temperaturas baixas
Febre
Constipação/Gripe
Fadiga
Alterações hormonais
Menstruação



As várias fases de um episódio de herpes labial

Este gráfico ilustra as fases típicas de um surto de herpes labial que dura 12 dias. Alguns surtos poderão ser mais ou menos longos que o demonstrado.

1ª Fase – Fase do prurido :

Esta fase inicial é caracterizada por uma sensação de ardor e prurido em torno dos lábios ou nariz.

2ª Fase – Fase da bolha :

Um ou dois dias depois, surge o primeiro sinal visível de um grupo de pequenas bolhas.

3ª Fase - Fase de ulceração :


Esta fase caracteriza-se pelo rebentamento das bolhas, deixando uma ulceração avermelhada de pouca profundidade. Trata-se da fase mais dolorosa e contagiosa.

4ª Fase – Fase da ferida/crosta :

Forma-se uma ferida seca com crosta castanha. Se a crosta se descolar, a ferida sangra e o doente sente prurido e ardor.

5ª Fase – Fase de cicatrização :

Se se verificar a formação de uma crosta, esta desaparecerá durante o processo de cicatrização.

Conselhos acerca do Herpes Labial :

1. Não toque na ferida

Se sofrer de herpes labial, evite o toque, pois existe o risco de:

Transmissão
O vírus HSV-1é muito contagioso. Pode propagar-se desde a fase inicial do herpes, em que sente formigueiro e prurido, até à fase de cicatrização, quando a crosta desaparece.
O vírus pode transmitir-se por meio de:
Contacto físico como beijos e abraços entre a pessoa infectada e uma pessoa não infectada.
Auto-inoculação: ocorre quando o vírus se propaga de uma parte do corpo para outra por meio dos dedos, por exemplo.
Objectos infectados: tais como copos, garrafas, roupa e escovas de dentes recém-utilizadas por uma pessoa infectada.
Infecção secundária: Pode agravar uma manifestação da infecção, podendo resultar num problema mais grave.

2. Lave as mãos

Se tocar no herpes, lave as mãos imediatamente depois. Em casos raros, as pessoas infectadas com herpes podem contaminar os olhos, condição potencialmente muito perigosa. Tenha especial cuidado, se utilizar lentes de contacto.

3. Evite os beijos e partilhar bebidas

Durante um episódio, o vírus HSV-1 pode transmitir-se facilmente de uma pessoa para outra através de beijos ou da partilha de uma bebida.

Tratamento do herpes labial :


Não existe tratamento conhecido que elimine totalmente o vírus HSV-1.

Os tratamentos mais comuns à venda no mercado são pomadas destinadas ao tratamento do vírus. Mesmo com a pomada anti-vírica mais eficaz, é difícil tratar o vírus, pois após a formação do herpes, o vírus retrocede para o seu local de origem. É impossível eliminar o vírus por completo. Assim sendo, uma abordagem diferente é controlar o herpes labial tratando os sintomas como se se tratasse de uma ferida.
Os utilizadores de pomadas poderão debater-se com os seguintes problemas.

1. As pomadas não ocultam os sinais visíveis de um episódio de herpes.
2. As pomadas não previnem o risco de contágio e infecção secundária.
3. As pomadas não previnem dos efeitos que o movimento labial tem na mesma.



A utilização de imunoterapia específica para Herpes Tipo 1 e 2 já existe.Apesar de uma inovação médica,os resultados são ótimos e os pacientes tiveram redução da frequência da sintomatologia e melhora do quadro clínico geral. Procure um Alergologista para maiores informações.

4 comentários:

Flavia Gamonar disse...

oi doutor.
seu blog é muito bom, parabéns.
minha avó tem tido frequentemente algumas manchas violáceas na pele do rosto, mais concentradas perto da bochecha e queixo e algumas menos nas mãos.
Notamos que elas aparecem normalmente após um período de estresse maior.
Ela é diabética e hipertensa e faz controle.
Achei que poderia parecer com lupus eritematoso sistémico. Tirei uma foto e queria te mostrar, posso te mandar apenas para receber alguma dica e orientação sua?
obrigada
flaviagamonar@uol.com.br
meudiariodepeso.blogspot.com

Fabiano Oliveira disse...

Olá Doutor Alisson, parabéns pela iniciativa e tbm pela forma clara e precisa com que passa as informações referentes aos mais diferentes assuntos.
Meu Nome é fabiano Oliveira, sou jornalista e moro em Santa Maria/RS.
Meu comentário na verdade não diz respeito ao ultimo post, e sim a um anterior, datado de 27 de julho, e que fala sobre a Alopécia Areata
Estou enfrentando esse problema e gostaria de mais informações, se possivel responder aqui mesmo deixando seu e-mail, ou então caso prefira, pode entrar em contato através do meu e-mail fabiano.oliveira@atlantida.com.br.
Desde já muito obrigado e parabéns pelo belo trabalho que desenvolve

Abração !.

Rafaela Leyger disse...

Olá Dr. Alisson!
Faço uso da pomada ACICLOVIR quando tenho essas crises de herpes labial. Gostaria de saber se existe outra mais eficaz no tratamento da herpes labial? E outra coisa, para uma melhor cicatrização, existe algum medicamento ou tenho mesmo que ficar com esses vermelhidões no lábio por um bom tempo?
Um abraço e parabéns pelo blog
Rafaela

Luciana Lancaster disse...

Ótimo Blog, Parabéns.
Mto útil e recomendável.
Vou mostrar a todos!